O cristão não é aquele que nunca cai, mas o que sempre se levanta. Sua vida não deve ser um exemplo para si mesmo, mas para os outros que o cercam; ele não se espelha em qualquer figura humana, mas no exemplo de Jesus Cristo — aquele que foi Deus e homem, mortal e imortal, divino e comum.
O cristão não está livre de erros, mas está preso ao arrependimento. É assim que remedia suas falhas e, desse modo, progride a caminhada que trilha rumo ao seu destino.
O cristão não pertence a este mundo, mas ao mundo que está por vir. Suas afeições, desejos e metas devem estar voltados adiante, não para o presente. A convicção de um reino vindouro deve ser firme e inflexível, assim como todas as suas demais crenças e ideias. Não há cristão algum que não seja firme em seus valores. Nenhum vento consegue dobrá-lo ou impeli-lo a mudar de direção. Ainda que as tempestades irrompam sobre ele, continuará inabalável como uma rocha.
O cristão deve iluminar o ambiente em que está inserido. Nisto consiste a verdadeira pregação do Evangelho — através do exemplo, e depois, através da palavra. Sobre a palavra, o cristão deve conhecê-la tanto quanto conhece a si mesmo. Deve ser douto e especialista nas sagradas letras. Seu coração deve estar penhorado nas promessas de Deus e de Cristo. Uma delas, por exemplo, está registrada em João 16:33:
“Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.”
A paz do cristão não vem do mundo. Aquele que serve a Cristo é convidado a participar de todas as Suas aflições. A rejeição, o opróbrio e a perseguição são as principais setas disparadas contra todo cristão verdadeiro. O cristão falso é aquele que está em conformidade com o mundo. O cristão que não sofre por Cristo está a um passo de não ser mais cristão.
A paz do mundo não serve ao cristão. Aquele que está em conformidade com os homens, não está em conformidade com Deus. Aquele que está em Deus, entretanto, é convidado a fruir da verdadeira paz — aquela que o mundo não consegue alcançar, pois só pode ser lograda por intermédio de Cristo.
O cristão não se mistura ao mundo, nem o mundo se mistura ao cristão; na verdade, o cristão une-se ao mundo apenas quando o mundo torna-se cristão. Antes disso, deve-se aparecer, não infiltrar. O cristão deve aparecer diante dos homens como os raios do sol da manhã; e ao meio-dia, quando tudo for claro, ele revelará a verdadeira imagem de seu Criador. Todo o cristão vive para revelar a verdadeira face de Deus. Ele é o seu defensor diante dos anjos e dos homens; a quem estará realmente defendendo, isto será dito através de suas ações. Aquele que defende a Deus, defende a si mesmo; e se defende a si mesmo, aos outros defende. O que não defende a Deus, defende o inimigo de Deus, e suas ações irão tornar conhecidas suas verdadeiras intenções.
Nisto está o verdadeiro cristianismo: servir a Deus, amar a Cristo, salvar o próximo e negar-se a si mesmo. O que faz tais coisas é cristão.
Amém. Devemos ter a mente de Cristo e seguir suas pisadas.
ResponderEliminarBelíssimo texto, se não sabíamos o que é ser um verdadeiro cristão, hoje não ficou nenhuma dúvida, tudo esclarecido, parabéns meu amigo, que Deus continue te inspirando, abraço.
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