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O veneno do Feminismo (parte 1)


“Feminismo é puro veneno.” 

(Margaret Thatcher, primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra na Inglaterra). 

Estamos cercados de ideologias. Muitas delas, no entanto — a maioria, arrisco dizer — são totalmente contrárias à moral cristã, ao fundamento bíblico e à vontade de Deus. Dentre as mais vis e nocivas, escolho o Feminismo para representar toda a podridão cultural, intelectual e espiritual em que se encontra mergulhada a nossa sociedade, cuja marcha prossegue em direção à ruína. 

Segundo a Bíblia, Deus criou homem e mulher, cada qual com suas respectivas funções, deveres, privilégios e ocupações. Ambos deveriam ajudar-se mutuamente na função de preservarem-se a si mesmos e à humanidade, a saber, a prole que colocariam no mundo. Durante milênios, a cultura judaica preservou incólume a sagrada tradição matrimonial: união monogâmica entre homem e mulher, ambos em pé de igualdade para com Deus e o mundo, com a responsabilidade de gerar descendentes que levassem adiante o conhecimento de seu Criador. 

As outras civilizações do Mundo Antigo, no entanto, ao afastarem-se de Deus, começaram a corromper as ordenanças que lhes haviam sido confiadas. Toda a instituição edênica foi destruída, e uma série de práticas e costumes degradantes foi incorporada em suas culturas pagãs — a sodomia, a libertinagem, o adultério, a prostituição, o machismo, a poligamia e outros pecados hediondos. 

Mesmo assim, o Judaísmo manteve-se conservado. Mais tarde, o Cristianismo continuaria a tarefa de preservar toda a estrutura moral da sociedade, expandindo-a a todos os polos mundiais. A concepção ocidental de família advém substancialmente da Igreja Cristã. Mesmo em meio a tropeços, ela prosseguiu imbatível até meados do século XVIII, quando as primeiras revoluções culturais eclodiram na Europa. 

A primeira delas foi o Iluminismo, cuja ideia central era a configuração de uma sociedade sem religião e sem abuso de poder. Filósofos como Voltaire, Robespierre, Jean-Jacques Rousseau e David Hume eram incisivos em suas ideias. Para eles, todo o estamento social criado pelo Cristianismo deveria ser abolido. 

O resultado disso foi a criação de um estado ateu, cuja administração, conhecida como “Governo do Terror”, foi responsável pela decapitação de mais de cinquenta mil indivíduos entre 1789 e 1792, durante boa parte da Revolução Francesa. O Iluminismo, contudo, provocou o surgimento de outras filosofias revolucionárias; entre elas estava o Positivismo, chefiado por Augusto Comte. Para Comte,  a Revolução Francesa deveria ser reformada durante todo o século XIX através da chamada “Filosofia da Ciência.” Tudo o que não era científico deveria ser rechaçado — a religião, por exemplo, precisaria ser abolida para a construção de uma “nova sociedade”. 

Comte a via como um grande estorvo ao desenvolvimento da razão e do progresso. Nos séculos seguintes, a sociedade teria que progredir apenas através da ciência, marchando para um glorioso futuro utópico. Quase três séculos já se passaram. A religião foi abandonada, o Cientificismo estabelecido. Mas pelo que vemos, o sr. Comte não foi muito feliz em sua estimativa. A “ciência” não foi capaz de conter o mal humano. Apenas a religião tem esse poder. 

Na mesma época, a Revolução Sexual eclodiu na França. Destaca-se o Marquês de Sade, cujas obras foram de crucial importância para a modificação da estrutura familiar. Em sua visão, a monogamia, a fidelidade conjugal e a heterossexualidade deveriam ser superadas por novas perspectivas sexuais. Entre elas, estava a libertação feminina — e foi a partir daí que o Feminismo finalmente aconteceu. 

Assim como todas a militâncias baseadas na luta de classes, o Feminismo se apresenta, inicialmente, como um razoável — e até aceitável — movimento social. Aos que estão de fora, ele se sistematiza através dos seguintes objetivos: 

A) A libertação da mulher de toda a opressão que lhe foi imposta durante séculos de patriarcado histórico e machismo estrutural; 

B) A independência feminina através da luta social e revolução sócio-política e a equanimidade de direitos entre homens e mulheres. 

Para os que estudam as próprias feministas, no entanto, as reais intenções do movimento são muito mais profundas. Superficialmente, ele é um movimento social que luta pela igualdade entre homens e mulheres; crucialmente, ele é um movimento político que luta pela abolição da sociedade cristã. 

Continua...


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