No século XIX, influenciadas pelas obras de Wollstonecraft e Flora Tristán, surgia nos EUA a “Liga das Mulheres pela Temperança”, cujo objetivo era protestar contra o uso masculino do álcool e do tabaco. Pouco tempo depois surgiam as sufragistas, que, segundo a feminista Simone de Beauvoir, nada fizeram pela conquista do voto feminino. “Tudo o que as mulheres fizeram foi, na verdade, apenas agitação simbólica [...] Todas as suas conquistas foram apenas concessões masculinas.” Amarrar-se em carruagens e protestar em praça pública não produziu qualquer efeito nas Assembleias Americanas.
Os homens tinham o “monopólio” do voto por um simples motivo: eles conquistaram esse direito e, portanto, o mereciam. Foram eles, e não as mulheres, os responsáveis por irem às guerras e derramarem seu próprio sangue para que, derrotando os inimigos, ocupassem o território e planejassem toda a sua estrutura geográfica e política. As mulheres eram poupadas deste serviço sangrento. Os homens as estavam protegendo, não oprimindo. Porque conquistaram o voto, tinham direito se exercê-lo.
Nem as mulheres e nem tampouco as feministas foram responsáveis por lutar pelo voto. Nenhuma fez nada que os homens fizeram. No entanto, receberam deles de bom grado o “direito” de votar. Os homens conquistavam primeiro e depois, já num período mais confortável, entregavam suas conquistas às mulheres. O Feminismo toma todas as conquistas naturais que a mulher logrou e as põe vergonhosamente em sua conta vazia. Celina Guimarães, a primeira mulher votante no Brasil, foi entrevistada por sufragistas e disse a elas: “Nada do que fiz devo a mim mesma ou a ninguém, exceto ao meu marido. Ele conseguiu o meu voto.”
No início do século XX, ainda na Primeira Onda do movimento, Margaret Sanger começou a defender a pauta abortista. Em seu livro The pivot of civilization, ela prega que as mães deveriam livrar-se de seus filhos quando bem entendessem. Sanger fazia parte da Liga Americana de Eugenia, associação que defendia o darwinismo social e a castração compulsória de judeus, negros, homossexuais, lunáticos e deficientes. Segundo Sanger, haviam raças inferiores e superiores de seres-humanos, e os inferiores deveriam deixar de existir através da castração e eliminação genocida. É provável que essa expoente do Feminismo moderno tenha influenciado amplamente as ideias de Adolf Hitler, também eugenista, cujo Partido Nacional Socialista (Nazista) também possuía uma ala dedicada ao Feminismo — a Liga Nacional das Mulheres ou Liga Feminina Nazista.
Mais tarde, feministas como Alexandra Kollontai defenderiam a ideia de que a mulher não tinha qualquer responsabilidade sobre sua prole, mas sim o Estado. Ela defendia a criação de creches para o cuidado de crianças através do ensino público. Para ela, todas as mulheres deveriam ser comunistas e socialistas, vivendo sustentadas pelo Estado ao invés dos homens. Kollontai era secretária de Vladimir Ilytch Lênin, patrono da Revolução Russa e primeiro ditador soviético, responsável pela morte de mais de duzentas mil pessoas.
A esse mesmo governo era simpática Frida Kahlo, pintora mexicana considerada um ícone do Feminismo. Kahlo foi amante de Trotsky, braço direito de Lênin, mas dizia viver num “relacionamento aberto” lésbico e heterossexual com várias pessoas. Ela defendia o aborto e as ideias de Margaret Sanger. Seu marido, Diego Rivera, militante e guerrilheiro comunista, era tão abjeto que chegou até a comer carne humana. Ela idolatrava Joseph Stalin e chegou a pintar retratos dele. Stalin foi o maior ditador da história moderna, responsável pela morte de mais vinte milhões apenas na União Soviética. Em 1932, na Ucrânia, chegou a assassinar propositalmente quatro milhões de pessoas de fome — episódio conhecido como Holodomor.
Todas as feministas eram — e são — organicamente simpáticas ao Socialismo. Na França, Simone de Beauvoir — considerada a maior de todas as feministas — teceria inúmeros elogios aos seus amigos pessoais, Fidel Castro e Che Guevera, responsáveis por pelo menos dez mil fuzilamentos em massa.
Simone dizia que a mulher era historicamente oprimida pelo homem através das eras e que a opressão machista havia sido reforçada pelo advento do Cristianismo. Ela defendia o aborto e dizia que a gravidez era uma “opressão da Natureza.” Na década de 50, lutou para que crianças pudessem praticar sexo à partir de catorze anos, através de um projeto de lei proposto na Assembleia Francesa. Ela e seu amante-mor, o filósofo francês Jean-Paul Sartre, foram responsáveis pelo aliciamento e estupro de dezenas de crianças refugiadas, entre elas Bianca Lamblin, autora do livro Diários de uma garota malcomportada. Simone não era só admiradora do Comunismo, mas também do Nazismo. Em 1940, trabalhou para uma rádio hitlerista.
No primeiro capítulo do segundo volume do livro O Segundo Sexo, Beauvoir inaugura os estudos sobre gênero através da premissa: “Ninguém nasce mulher — torna-se mulher.” No mesmo parágrafo, ela discorre sobre como a disparidade entre masculino e feminino é puramente social, não biológica.
Poucos anos depois de sua morte, o dr. John Money seria grandemente influenciado pelas ideias de Beauvoir. Foi ele o responsável pelo primeiro “experimento de gênero”, conhecido como Caso Reimer. Nele, um par de gêmeos foi posto aos cuidados do médico após um procedimento malsucedido de circuncisão. David, um dos meninos, acabou tendo seu pênis mutilado por um ferro quente. Entusiasmado por seus estudos feministas, o dr. Money aconselhou os pais do garoto para que o criassem como uma menina ao invés de um menino. Ele queria provar que o gênero era socialmente construído e que, acima de tudo, era uma escolha do próprio indivíduo, e nada tinha que ver com seu estado biológico.
David foi criado pensando ser uma menina, “Brenda” — seu cabelo cresceu, vestia roupas femininas e era proibido de fazer “coisas de menino”. O resultado foi uma infância psicótica e um estado perturbador de caos familiar. Já adulto, Brenda descobriria ser David e entraria num estado de crise nervosa, suicidando-se em 2004. Seu irmão gêmeo também se matou pouco depois. Sua mãe tornou-se esquizofrênica e seu pai afundou-se no alcoolismo. Mas a experiência do dr. Money, ainda que abertamente contestada por médicos como o dr. Diamond, foi divulgada como um grande sucesso através do seu livro The Sexual Roles.
As ideias de Beauvoir e Money influenciariam Judith Butler em 1998 a escrever o livro Problemas de gênero, cuja chamada “teoria de gênero” seria divulgada amplamente como fato científico e tornar-se-ia grade obrigatória em todas as escolas públicas — e algumas privadas. Também influenciaram Butler a filósofa Shulamith Firestone, autora de A dialética dos sexos, Kate Milett, autora de Política sexual, e Betty Friedan, autora de A mística feminina. Para Friedan, inclusive, o papel da mulher como dona de casa era uma prisão e uma escravidão humilhante. Ela deveria ser tudo, menos dona de casa. A questão é que Friedan nunca foi nada além de uma dona de casa.
Na década de setenta, duas advogadas feministas usariam uma garota grávida chamada Norma McCovey — a quem apelidaram “Roe” — para depor nos tribunais contra uma gangue a qual acusava de tê-la estuprado e engravidado (cf. Caso Roe Vs. Wade e o livro IPPF: A multinacional da morte, do dr. George Scala). Além da prisão do sujeito, ela exigia que tivesse o direito de abortar a criança. Seu pedido foi concedido, e assim — pela mentira e engano — o aborto foi sancionado nos EUA. Anos mais tarde, em 1990, Norma se converteria ao Cristianismo e escreveria o livro I am Roe, em que revelava as mentiras que havia corroborado e que, ao contrário do que pretendia, ela não abortou sua filha e a criou normalmente. Desde então, mais de quinhentos milhões de crianças foram abortadas no mundo, e entre elas, cerca de vinte e cinco milhões de meninas, ou seja, de mulheres. O Feminismo “conseguiu” o “direito” a algo que assassinaria as mulheres que dizia defender. Se o Feminismo não é capaz de proteger a mulher desde o ventre, então ele não serve para nada.
Continua...
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