“1984” é um romance que foi escrito com sangue. George Orwell, proeminente intelectual inglês do século XX, foi o responsável por criar uma história que impactaria gerações. Seu livro é considerado o pai das distopias – a concepção de uma realidade futurística onde as coisas foram de mal a pior.
Em 1984, futuro concebido pelo autor em 1949, a humanidade é governada por um sistema totalitário e ditatorial chamado O Partido. Os indivíduos vivem numa engenharia social coletivista, onde tudo é de todos e nada é de ninguém. As pessoas são solitárias, desprovidas de sentimentos humanos, recebendo uma lavagem cerebral constante do Governo através da mídia. Nesse futuro distópico, todos, desde a criança ao adulto, vivem monitorados 24 horas por seus dominadores, representados pelo “Olho que Tudo Vê”: O Grande Irmão, em inglês, Big Brother. Essa entidade é o símbolo de controle total por parte do Sistema em relação aos seus subordinados. Cartazes são postos nas ruas, contendo a ameaçadora imagem do BB com o slogan: “The Big Brother is watching you”, ou “O Grande Irmão está de olho em você.” Mas o pior de tudo não é o Sistema em si, e em como ele é arrogante, cruel e dominador; mas a mácula mais aterrorizante dessa realidade é a aceitação voluntária de cada cidadão humano, que se coloca cem por cento sob controle do Grande Irmão. Todos são controlados por vontade própria, acreditando ser esse o melhor caminho para a vida plena, e que o Sistema os está provendo paz, prosperidade e conforto em troca de liberdade.
Seria uma concepção tão pessimista da realidade apenas um devaneio artístico? Eu creio que não. O mundo de “1984” talvez tenha se atrasado um pouco no tempo e espaço, mas ele está à caminho. A sociedade está à beira de um colapso grandioso, marcado pela submissão total da humanidade a um poder global e ditador. Isso foi prescrito pela própria Bíblia há séculos. O Grande Irmão já está de olho em nós. Nós que não estamos de olho nele.
Mas há uma conotação ainda mais real e palpável que pode ser tirada dessa analogia. Diariamente, lidamos com um inimigo poderoso, uma espécie de sistema espiritual que controla o mundo. Esse sistema, encabeçando por Satanás, o arqui-inimigo de Deus, envolve a humanidade por um sortilégio espúrio que encanta todas as almas mortais. O mundo coloca-se diariamente sob o poder do maligno. Oferecem sua liberdade e salvação para lograr um êxtase mundano, um falso senso de prazer carnal, uma vida confortável e hedonista, quase niilista e antropocêntrica.
Assim, a figura do Grande Irmão funde-se à de Satanás; e ele é eleito como o chefe das nações, o príncipe deste mundo, que caminha para sua destruição.Não é fácil vencê-lo. Existem ainda alguns poucos que compreendem sua artimanha. Seus olhos estão por toda parte, ele está literalmente de olho em nós, os filhos de Deus. Mas nós, que não o servimos, cremos numa pátria melhor, na intervenção de Deus, o verdadeiro Senhor de toda Terra, e na graça de Cristo, nosso verdadeiro Irmão. Só assim conseguimos lograr um desenlace aos seus encantos e sermos verdadeiramente livres. Mas enquanto alguns deleitam-se no poder da verdade, outros preferem continuar sucumbindo sob a servidão velada do Big Brother, que engole suas vítimas sem que percebam num laço de infernal escravidão.
Que texto top👏👏👏👏
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