Avançar para o conteúdo principal

Paguei prostitutas para a Despedida de Solteiro do meu amigo. Foi a melhor experiência que tive!

 


Alguns jovens cristãos em uma igreja de São Paulo estavam organizando uma despedida de solteiro diferente para o seu amigo.

Um desses jovens deu a ideia de contratar prostitutas para a festa, e a proposta foi aceita por todos.


Eu sei haha! Nesse momento você deve estar pensando no quanto eles estão desviados. Porém, foi uma das atitudes mais cristãs que já vi.


Esse relato é narrado no podcast Metanoia, episódio 78 e 79. Ademais, eles não usaram elas para benefício sexual, eles simplesmente pagaram sua hora e as mostraram que existe cristianismo de verdade.


Os homens as levaram para um jantar na igreja adventista Cia da Vila, serviram elas, trataram como princesas, segundo a fala da própria menina: "foi a melhor noite da minha vida". Enquanto isso as esposas dos homens estavam reunidas em uma casa orando para que Deus usasse seus maridos nesse resgate.


A história é linda! Recomendo que ouça o podcast depois para entender os detalhes. Todavia, o que quero nesse breve relato é a essência. Em Tiago 1:27 diz: "A religião pura e sem mácula, para com nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo."


Logo, a religião consiste em não se corromper e fazer o bem, principalmente a quem é socialmente excluído, caso das viúvas e dos órfãos naquela época (Dt 24:17)


Entretanto, temos receio de alguns grupos marginalizados, por considerarmos os seus pecados grandes demais. Contudo, essas práticas só são moralmente execradas pela sociedade.


A meu ver, uma frase marcante da série Peaky Blinders, dita pelo protagonista Thomas Shelby, se encaixa perfeitamente: "todo mundo se prostitui, só vendemos partes diferentes". Não faz sentido? Vendemos nossos princípios por dinheiro e trocamos nossa moral por facilidades. Com isso, onde está a diferença? Nenhuma! Somos todos pecadores. (Rm3:23)


Cristianismo não consiste em colocar uma bíblia debaixo do braço e ir para o culto, e sim em cuidar de pessoas. (Mt 25:31-46)


Há muitas pessoas lá fora precisando de Jesus (Jo 10:16) e nós temos a obrigação de ir até eles, pois, somos a representação de Cristo na terra (1Co 12:27), e devemos ajudar sem nenhum tipo de preconceito. (Tg 2:1-5)

Devemos parar de tratar as pessoas como lobos morais, porque na maioria das vezes, são apenas ovelhas perdidas.


Ademais, a música "Onde estão" de Pedro Valença, a qual indico para entender melhor o texto, diz em uma de seus versos: "Encontre os meus filhos, e estenda o meu abraço, carregue nas cidades o meu olhar e eles me reconhecerão". Encontre nossos irmãos, eles estão perdidos e precisando da família.


E a prostituta? Começou a frequentar a igreja para a honra e glória de Deus. E ela viu a Cristo em uma despedida de solteiro de uns jovens cristãos aí, pois eles realmente foram a igreja que ela precisava.


por: Douglas Luan

Referências:

https://soundcloud.com/podcastmetanoia/78-jantando-com-prostitutas

https://soundcloud.com/podcastmetanoia/79-jantando-com-prostitutas-parte-2

https://www.youtube.com/watch?v=-A_adPGi0Bo (musica)


Comentários

  1. Uau! Incrível como limitamos o cristianismo até onde nos proporciona dentro do nosso acomodismo espiritual. De imediato quero ressaltar que este texto está incrível e, mudou em poucos minutos o que carregamos como verdade absoluta. Antes de levarmos sacrifícios ao altar e dedicar a Deus, é bacana sacrificamos de antemão o nosso coração para realizarmos o propósito da criação. Show de mais irmão!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Este comentário foi removido pelo autor.

      Eliminar
    2. Realmente! Esquecemos a essência de ser cristão. Mas podemos recuperá-la.

      Eliminar
  2. Ficou incrível, amei!!! Parabéns pelo texto! 😊

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

Meraki e Panta

Meraki   ( μεράκι) é considerada uma das mais belas palavras da língua grega. Significa: “dar parte de si em algo” ou “fazer com a alma”.  Panta  ( τα παντα)  é uma palavra que também vem do grego e significa “tudo" ou “todas as coisas”.  Você deve estar se perguntando onde quero chegar com tudo isso... Ao realizarmos determinada tarefa, colocamos uma parte de nós mesmos naquilo. Se tocamos instrumentos, escrevemos textos, cantamos músicas, pregamos mensagens, deixamos um pouco de essência própria naquilo que fizemos. A palavra que se encaixa neste aspecto é, claramente, Meraki. Um dia, Jesus Cristo deu tudo de Si por cada um de nós. Ao morrer na cruz, entregou-se totalmente por amor aos seus.  Em Isaías 53:5 está escrito:  "Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados." Panta caracteriza a atitude do Messias; Ele concretizou o ato mais lindo que

Quando nos vênus, juro a marte.

  O poeta brasileiro Paulo Leminski tem uma das frases mais conhecidas do universo poético: "Quando nos vênus, juro a marte". A princípio parece só uma frase, um jogo de palavras para dizer que quando grandes amores se encontram, eles se amam intensamente. Contudo, poesia não é algo para se fazer uma análise superficial. Como diz o poeta Frederico García Lorca: "Todas as coisas têm o seu mistério, e a poesia é o mistério de todas as coisas".  Então o que tem de tão especial? Qual o mistério? Calma!  Para entender melhor vamos voltar para a Grécia antiga. Na mitologia, Marte era o deus da guerra e Vênus a deusa do amor. Então, levando isso em consideração, poderíamos interpretar esse jogo de palavras como: "Quando eu te encontrar, prometo lutar muito por nosso amor".  Além desse, outro detalhe interessante nos é mostrado nessa frase. Vênus é o segundo planeta do sistema solar, já Marte é o quarto. Eles são separados por um planeta chamado Terra, o nosso mun

Carta 4: O Amor Próprio e Solteirice

 Um Caminho de Autodescoberta e Crescimento A "solteirice", muitas vezes, é vista como um estado de transição ou um período de espera até que alguém encontre o amor romântico. No entanto, essa visão limitada ignora a riqueza de oportunidades que ela pode oferecer. O capítulo 13 da primeira carta de Paulo aos Coríntios é conhecido como o "hino ao amor". Refletindo nele encontramos um caminho para desenvolver o amor próprio antes de amar o próximo, abrindo espaço para crescimento pessoal e um melhor relacionamento futuro Paulo descreve as características essenciais do verdadeiro amor, que podemos interpretar não apenas como um guia para relacionamentos românticos, mas também como um convite a nos amar. O amor próprio não é um conceito egoísta ou narcisista. Pelo contrário, trata-se de reconhecer nosso valor intrínseco e nutrir um relacionamento saudável e compassivo conosco. O versículo 4 nos ensina que "o amor é paciente, é benigno; o amor não é invejoso, nã