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Morrendo de Amores


 

"Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna."

João 3:16


Esses dias eu estava lendo um livro maravilhoso por sinal, um romance que fez a minha cabeça explodir e entender o que eu procurava compreender todos esses anos.

Trarei para vocês o resumo do que se passa nessa história: um jovem rapaz sem formosura, se apaixona por uma linda estudante novata, que acabara de chegar na faculdade.

Sem esperança de ter seu amor correspondido, prova o amor por ela da forma mais bonita possível: sacrifica um ano de estudos dele para pagar os estudos dela, pois a amava e não queria que ela ficasse sem estudar.

Um detalhe: ele fez tudo em silêncio. Um ano depois, ele volta e decide se declarar para a jovem. Porém, além de ser rejeitado, é humilhado. 

Logo, alguém vai até ela e lhe conta acerca da prova de amor dele e ela se sente horrível e magoada pelo que fizera. 

Eles se reconciliam e posteriormente namoram e se casam. 


Já sei o que se passa pela sua cabeça e foi o que os colegas dele falaram sobre esse relacionamento:

“foi por pena” ou “por compaixão".

No entanto, a resposta da moça surpreendeu a todos.

Ela disse: 

'Quando descobri o que ele tinha feito por mim, senti-me magoada, chateada, ofendida. Mas, a medida que o tempo passou, comecei a pensar com mais calma e perguntei a mim mesma: ‘será que neste mundo poderei achar um rapaz que me ame tanto a ponto de sacrificar, em silêncio, um ano de seus estudos sem esperar nada, mesmo sem querer que eu soubesse do sacrifício que ele estava fazendo?’


Essas lindas palavras me fizeram pensar na prova de amor mais bela que já existiu, a qual citei no começo do texto e que hoje não tem a importância que deveria ter.


Creio que seja pelo fato de você ter repetido tanto esse versículo, sem entender tamanho significado, e isso leva à banalização de tamanha declaração.

Afinal, não pensamos como a moça, pelo contrário, procuramos amar qualquer outra coisa menos importante, por ser mais fácil do que amar a Deus.


Essa prova de amor tão sincera e indescritível só receberá o devido sentido se entendermos o que realmente aconteceu naquela tarde, na cruz do Calvário. 

Isso nos levará à reflexão da seguinte pergunta que o autor tira da história acima: 

"como eu teria coragem de não amar alguém que me ama tanto?"


Para entendermos e questionarmos isso, temos que voltar ao início, lá no Éden, quando Deus criou o ser humano e lhe deu uma ordem:

 

“De toda árvore do Jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; por que no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”

(Gênesis 2:16,17). 

Nessa ordem podemos ver o princípio de retribuição: obediência= vida, desobediência= morte. 

O que aconteceu? 


O homem escolheu a desobediência e, como a Palavra de Deus é imutável, este teria que morrer, afinal

“o salário do pecado é a morte”.(Romanos 6:23)


Só que, o homem não queria morrer e suplica reconhecendo que pecou. 

Isso causa um conflito, pois Deus ama o ser humano e por isso, não pode permitir que morra.

Então, o que fazer? 

Alguém precisava pagar o preço do pecado. 

E, se existe pecado, tem que existir morte, fora que “sem derramamento de sangue não há remissão.”

(Hebreus 9:22)


É nesse furdúncio que aparece a figura majestosa do Filho. 

Ele diz: 


'Pai, o homem merece a morte por que pecou, mas, antes de cumprir a sentença, quero ir à terra como homem e viver como ele.' 

E assim o fez, desceu como homem, crescendo em estatura, sabedoria e graça. 

Viveu como um de nós, sofreu como um, foi tentado como um, se frustrou como um e sofreu as piores consequências de um homem: a tão viril e dolorosa morte, 'e morte de cruz'.

Uma morte lenta e dolorosa, onde se deixava escorrer gota por gota de sangue, até que enfim morresse.

Ele fez tudo isso.

Sofreu por um extraordinário e inigualável sentimento: o amor, para que hoje eu e você pudéssemos ter vida e vida em abundância.


Porém, como se esse sacrifício não valesse nada, trocamos esse amor.

Como se não fosse nada, deixamos de lado esse amor.

Como se não interferisse em nada na nossa vida, rejeitamos esse amor. 


A real questão não é entender somente o sentimento em si, mas sim a proporção desse amor. Quando entendemos isso, a pergunta vem para causar a reflexão: 


“Como eu teria coragem de não amar alguém que me ama tanto?” 

Foi pouco o que ele fez? 

Tenho certeza que não.


Para que você venha crer e aceitar e entender esse amor hoje, Jesus nos faz dois convites:


“Vinde a mim, todos que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.”

(Mateus 11:28). 


E o segundo é: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo.”

(Apocalipse 3:20). 


O que você vai responder? 


Desejo de coração que se permitam ser cheios de Cristo, para que, juntamente com o Espírito Santo, recebam o Amor e entendam a proporção dEle, de modo que transmitam aos outros que precisam. 


[..] “mais encheis-vos do Espírito.”

(Efésios 5:18)

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