Uma das mais baixas profissões em todas as eras – talvez a mais pútrida – se é que pode ser efetivamente designada assim; um corpo degradante de ações; uma vida indigna e entregue à promiscuidade, exposta a todos os tipos imaginados de males e sequelas externas e internas; a pior degeneração social de um ser-humano – isto é o que pensamos quase que involuntariamente quando falamos no ato de prostituir-se. De fato, é este o mais baixo nível de auto-apreciação: vender o próprio corpo, a saúde e a dignidade em troca de moedas mirradas. É esta a prostituição.
Contudo, o que poucos sabem é que a prostituição não se limita apenas a um ato único e universalmente conhecido; não se trata apenas de fazer sexo com uma série de desconhecidos para ganhar dinheiro. Prostituir-se é entregar-se indevidamente. É corromper o corpo e a mente com o esperma nocivo da impiedade, da cloaca fétida de Satanás. É colocar dentro do corpo aquilo que não é puro, que não é do esposo, que não é natural, moral, aceitável.
Se assim não fora, seria muito fácil criticar as meretrizes; com efeito, ainda é bastante fácil fazê-lo, pois nos esquecemos de que muito pior do que a prostituição comum, praticada fisicamente entre homens e mulheres, é a prostituição espiritual, o adultério moral, a degeneração mental; condição esta sob a qual todos nós estamos sujeitos. Sim, exatamente. Não adianta negar. O próprio Deus assim nos designou. Quando lemos o livro de Oséias, por exemplo, encontramos essa mesma mensagem em cores vivas: o apelo de Deus a Suas criaturas, prostitutas indignas que se corromperam com as coisas do mundo. É esse o apelo que Ele faz a todos nós até hoje. Eu, você, todos nós somos infiéis ao nosso Único e Maravilhoso Noivo que ofereceu Sua própria vida em troca de nossa eterna santificação.
Nos prostituímos quando aceitamos aquilo que jamais poderia ser aceito se estivéssemos entregues ao Pai. Deitamo-nos com estranhos em troca de dinheiro quando barganhamos nossa dignidade e sanidade em troca de efêmeros prazeres carnais. Sujamo-nos com a imundície quando nossos olhos brilham diante do altar dos deuses que habitam o cerne do nosso pensamento carnal. São desejados, ansiados por nosso coração não convertido. E Deus fica cada vez mais de lado, até que passa ser apenas uma quimera remota e desprovida de significado existencial.
Ainda é tempo de mudar, todavia. Assim como a mulher pecadora jogou-se aos pés de Cristo em busca de uma nova vida, podemos também fazer o mesmo. Então Ele nos dirá: “Eu também não lhe condeno. Vá, e não peques mais.”
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