Aviso: Leia a primeira parte para compreender melhor o conteúdo do texto.
O objetivo inicial do casamento é a felicidade. Não só a felicidade conjugal, absolutamente, mas todo o bem-estar físico, emocional e psicológico que o matrimônio proporciona. Em última instância, o casamento é uma instituição espiritual: é um elo simbólico e representativo entre Deus e a humanidade; uma tradição sólida, firme, carregada de valores e conceitos conscientes e inconscientes. O casamento constrói bases e firma pilares de uma civilização; a perversão do mesmo, portanto, significa a derrocada moral de toda uma.
O problema é que, após as diversas revoluções sociais dos últimos séculos, não temos tido uma boa imagem do casamento modular conforme os padrões estabelecidos por Deus. O consideramos como algo à parte de seus benefícios, procurando tais atributos em qualquer outra relação social mais fácil e, por conseguinte, mais líquida. A questão, caro leitor, é que não se pode encontrar em lugar algum o que Deus colocou no casamento. Nenhuma relação humana pode substituí-lo; ainda que o façam quase por totalmente, sua falta será sentida até mesmo por aqueles que se dizem adeptos a “tradições” mais contemporâneas.
E mesmo quando casamentos são feitos, no entanto, os problemas não se esgotam. Têm-se cultivado, especialmente no meio cristão, a concepção de um casamento egoísta, materialista e extremamente hedonista. Muitos estão afoitos pelo casamento apenas pela experiência ou, talvez, por um afã de ter uma vida independente ou de consumar o intercurso sexual. Mas isto é egoísmo. O casamento é a decisão mais importante da vida. Ninguém deve calculá-lo de forma impensada. Não há idade certa para o casamento, a menos que ela venha acompanhada de pouco juízo. Pessoas imaturas não podem se dar ao luxo de encontrar-se em matrimônio. É desastroso.
Ainda que o objetivo-mor da relação conjugal seja a felicidade mútua, existem deveres inexoráveis que devem ser cumpridos – na verdade, papéis sublimes que precisam ser desempenhados para manter a ordem do estado de coisas.
Nenhum casamento existe apenas para duas pessoas. Em termos gerais, o casamento existe para gerar filhos – ainda que, infelizmente, o maravilhoso privilégio da concepção humana tenha sido aviltado e desfigurado pelos populares movimentos sociais dos últimos anos. A prole faz parte da função sagrada do homem e da mulher, constituindo um papel fundamental na felicidade plena entre marido e esposa. Ter filhos não é um fardo, mas uma benção, um privilégio inigualável concedido aos seres-humanos. A troca dos papéis sexuais, a deterioração da hierarquia familiar e a depreciação da existência dos filhos faz parte de uma grande engenharia social que tem como finalidade dissolver os valores bíblicos judaico-cristãos – o que, lamentavelmente, já aconteceu sem esforços entre nossas fileiras. Nenhum homem com aversão a filhos está pronto para se casar e ser um cidadão respeitável.
Filhos são herança, a perpetuação de um nome. Acima de tudo, filhos são pessoas. São novos seres humanos que apenas terão chance de viver se assim outro – você – decidir. Nossa vida não é isolada: muitas outras vidas dependem dela. A do nosso cônjuge, a dos nossos filhos e a nossa própria.
Cada membro da família deve ocupar um lugar específico. Existe uma ordem a ser respeitada. Homem, mulher e filhos devem submeter-se uns aos outros de diferentes maneiras, servindo-se e obedecendo-se mutuamente em graus distintos – o pai deve proteger a família a todo o custo, mantendo a ordem e encabeçando os negócios mais arriscados. Sempre foi assim. Seu dever é dar a vida por sua família. Seu direito é ser o sacerdote da casa. A mulher deve ajudá-lo como perfeita auxiliadora, arrematando com mão de ferro todos os negócios do lar; sem ela, não existe equilíbrio. Não seria pretensioso de minha parte dizer que, sem ela, não há sentido em nada. Os filhos submetem-se aos pais como quem obedece a Deus, forjando-se à medida daquilo que devem admirar. Ninguém é maior do que ninguém, e não é necessário pontuar isto; ninguém é maior do que ninguém, mas todos são servos de todos.
Eis aqui o ideal. Num mundo cada vez mais afastado dos padrões divinos, não é de se espantar que sejam inventadas as mais graves escusas para que o casamento seja desconstruído. Que cada um escolha, diante de si mesmo e de Deus, a vida que deverá levar adiante.
Perfeito 👏👏
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