Todo idiota é, por definição, aquele que se dispõe voluntariamente à idiotice. A estupidez intelectual não diz respeito à qualquer questão neural ou fisiológica, muito menos cromossômica; também é mais do que uma questão intrapessoal ou individual – é social, política e, acima de tudo, espiritual.
O mundo está tomado de idiotas, e num número cada vez mais crescente. Os tempos modernos que descortinam-se diante de nós são aterradores – a fomentação de um grande imbecil coletivo, a saber, de uma massa homogênea de descabeçados, é uma realidade já consumada no septo pós-modernista – completa, progressiva e sem retorno.
A maior ingenuidade de todas é ainda cogitar que toda esta estupidificação em massa se trata de algo casual, sem qualquer nódoa de engenharia social. O imbecil coletivo é na verdade fruto de um estratagema bem trabalhado, d’uma arquitetura sócio-política extremamente bem manietada com o objetivo de subverter as sociedades para um fim, no mínimo, escabroso. É o caminho para tornar os cidadãos fracos, pusilânimes, sem qualquer reação inteligente, para que seja mais fácil a instauração de um poder único ditatorial, totalitário e usurpador sobre as massas globais.
São poucos, contudo, os que tem os olhos abertos para esta realidade tão grave e tão assustadora. A maioria ainda prefere continuar sendo, e de bom grado, imbecilizada pelo estandarte midiático. O empobrecimento das artes e sua respectiva relativização, por exemplo, é um sinal de clara manipulação intelectual; a degeneração da música, a corrupção da língua, a alteração no comportamento sexual, a inversão dos papéis clássicos e dos valores cívicos e morais – tudo isto ocorre a todo vapor diante de nossos narizes, mas os burros encontram-se anestesiados e distraídos num fluxo de adormecimento eterno e renovável, estourando os próprios globos oculares para não ter de enxergar a realidade.
E quem são os principais idiotas que dominam o nosso mundo? Os jovens adultos, ora veja! A elite jamais poderá subverter as crianças, por causa dos adultos; nem os adultos, por causa das ideias; é o meio-termo, o adulto infantil, o “adolescente”, a principal vítima do atraso mental provocado pelas forças mesmeristas que dominam o século.
São eles as antigas crianças e os novos cidadãos. Eles são o foco. Nós o somos, melhor dizendo. E infelizmente, graças a todos os fatores já citados, não há maior logro do que este: o plano vem dando certo com brilhantismo. Os adolescentes tornaram-se uma tropa de idiotas. Um exército de loucos. Dentro e fora do seio cristão – uma terrível lástima, diga-se de passagem – ao ignorar a maravilhosa voz que disse: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:32), tornamo-nos escravos da mentira. Daí então nasce uma geração medonha de homens e mulheres fracos, frágeis, de caráter podre e mente néscia, alma vil e saúde quasímoda; sobretudo, uma geração de apóstatas, de horrendos servos da mentira, e por conseguinte, servos do inimigo de Deus, prontos a levantar-se contra a Lei una e verdadeira do Senhor dos Exércitos no último tempo da história da Terra.
Esta é a má notícia. A boa notícia é que ainda há tempo para redenção. Se você está compungido e pronto para dar um salto intelectual na direção da verdade e da genuína conservação que há na vida sã, meus parabéns, não és um idiota. Mas se continuas igual depois de conhecer o reto, se sua vida é desprovida de qualquer elevação, se as coisas inteligentes não possuem nenhuma atração para sua mente, temo dizer que seu destino será com aqueles que escolheram a ignorância, mas que, ao final, serão escravos da consciência.
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