Avançar para o conteúdo principal

Espiritualidade morta



O salmista Davi, no livros de Salmos, inicia o capítulo 122 dizendo o seguinte:

"Alegrei-me com os que me disseram: “Vamos à casa do SENHOR!”." (Sl 122:1).

Esse é um versículo bastante conhecido e falado por muitos. Mas será que, de fato, as pessoas ficam alegres ao ir à casa de Deus?! 


O intuito de congregar no templo é principalmente adoração ao Senhor, e pasmem: é quase a última coisa que tem sido feita! 

Digo isso com base em observações minhas  durante os cultos. O momento de estudo da lição da Escola Sabatina, por exemplo, é um tempo que agora alguns irmãos destinam para ficar do lado de fora da igreja conversando. Já na hora em que a Bíblia é aberta, uns jogam no celular, outros usam as redes sociais..... e por aí vai. Sem falar na parte do louvor congregacional que quase não se ouve voz alguma. Esses foram poucos exemplos, entretanto, a coisa é pior do que se imagina! 


Tudo isso já citado revela a espiritualidade morta em que a Noiva de Cristo se encontra. O cristão que está em comunhão não vai à igreja com o intuito de rever alguém, de sair de casa, ou de espairecer a mente fazendo seja lá a besteira que for, ele vai almejando unicamente engrandecer o que é Digno de todo louvor e exaltação.


Nessa perspectiva, pode-se fazer um questionamento sobre o versículo lido no início: 

• A sua alegria em ir a casa do Senhor está relacionada a quê?

Será que você tem se alegrado em ir as programações por que verá alguém que deseja muito?! Ou será que é por que irá realizar algo que gosta lá?! (Cantar, participar de escola sabatina...). Penso que a alegria de todos, deveria estar pautada em adorá-lo. Porém, infelizmente, não é o que se vê. 


Gostaria de relembrar a carta à igreja de Laodiceia:

"E ao anjo da igreja que está em Laodiceia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus.

Eu sei as tuas obras, que nem és frio nem quente. Tomara que foras frio ou quente! Assim, porque és morno e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca. 

Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta (e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu), aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças, e vestes brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os olhos com colírio, para que vejas. 

Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê, pois, zeloso e arrepende-te." (Apocalipse 3:14-19).


Escrevo esse texto para que você literalmente D-E-S-P-E-R-T-E! 

O tempo do fim se aproxima, e o seu pequeno desleixo, pode te trazer uma grande consequência. 


Saiba, contudo, que a carta não termina assim.... 


[...] "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo. Ao que vencer, lhe concederei que se assente comigo no meu trono, assim como eu venci e me assentei com meu Pai no seu trono." (Apocalipse 3:20,21).


Ainda há chance! Mude suas atitudes falhas. Decida recorrer aquEle que te fortalece, que é o motivo de sua alegria verdadeira, o caminho, a verdade, e a vida. Ele é misericordioso e te ajudará no processo. ⏳

Comentários

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

Meraki e Panta

Meraki   ( μεράκι) é considerada uma das mais belas palavras da língua grega. Significa: “dar parte de si em algo” ou “fazer com a alma”.  Panta  ( τα παντα)  é uma palavra que também vem do grego e significa “tudo" ou “todas as coisas”.  Você deve estar se perguntando onde quero chegar com tudo isso... Ao realizarmos determinada tarefa, colocamos uma parte de nós mesmos naquilo. Se tocamos instrumentos, escrevemos textos, cantamos músicas, pregamos mensagens, deixamos um pouco de essência própria naquilo que fizemos. A palavra que se encaixa neste aspecto é, claramente, Meraki. Um dia, Jesus Cristo deu tudo de Si por cada um de nós. Ao morrer na cruz, entregou-se totalmente por amor aos seus.  Em Isaías 53:5 está escrito:  "Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados." Panta caracteriza a atitude do Messias; Ele concretizou o ato mais lindo que

Quando nos vênus, juro a marte.

  O poeta brasileiro Paulo Leminski tem uma das frases mais conhecidas do universo poético: "Quando nos vênus, juro a marte". A princípio parece só uma frase, um jogo de palavras para dizer que quando grandes amores se encontram, eles se amam intensamente. Contudo, poesia não é algo para se fazer uma análise superficial. Como diz o poeta Frederico García Lorca: "Todas as coisas têm o seu mistério, e a poesia é o mistério de todas as coisas".  Então o que tem de tão especial? Qual o mistério? Calma!  Para entender melhor vamos voltar para a Grécia antiga. Na mitologia, Marte era o deus da guerra e Vênus a deusa do amor. Então, levando isso em consideração, poderíamos interpretar esse jogo de palavras como: "Quando eu te encontrar, prometo lutar muito por nosso amor".  Além desse, outro detalhe interessante nos é mostrado nessa frase. Vênus é o segundo planeta do sistema solar, já Marte é o quarto. Eles são separados por um planeta chamado Terra, o nosso mun

Carta 4: O Amor Próprio e Solteirice

 Um Caminho de Autodescoberta e Crescimento A "solteirice", muitas vezes, é vista como um estado de transição ou um período de espera até que alguém encontre o amor romântico. No entanto, essa visão limitada ignora a riqueza de oportunidades que ela pode oferecer. O capítulo 13 da primeira carta de Paulo aos Coríntios é conhecido como o "hino ao amor". Refletindo nele encontramos um caminho para desenvolver o amor próprio antes de amar o próximo, abrindo espaço para crescimento pessoal e um melhor relacionamento futuro Paulo descreve as características essenciais do verdadeiro amor, que podemos interpretar não apenas como um guia para relacionamentos românticos, mas também como um convite a nos amar. O amor próprio não é um conceito egoísta ou narcisista. Pelo contrário, trata-se de reconhecer nosso valor intrínseco e nutrir um relacionamento saudável e compassivo conosco. O versículo 4 nos ensina que "o amor é paciente, é benigno; o amor não é invejoso, nã